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Sobre bilinguismo

Hoje estava eu lendo o blog Filhos bilingues, que eu adoro ler, e tinha um texto de uma estudiosa de multilinguismo Madalena Cruz-Ferreira, do blog Being Multilingual muito legal.

Vou colocar apenas um trecho do artigo de Madalena, leia a íntegra aqui

"A minha filha começou a tentar juntar palavras para dizer frases e começou a gaguejar, será por nós falarmos duas línguas com ela? (Resposta: construir frases fluentes implica muita ginástica de músculos ligados à fala, e muita ginástica intelectual. Coordenar tudo isso requer treino, e treino prolongado. Meninos monolingues também gaguejam nesta fase de aprendizagem, e todos os meninos também tropeçam e caem quando aprendem a andar e querem correr.)


Todas as perguntas, no entanto, refletem um sentimento de diferença, e principalmente de exceção: nós, multilíngues, somos diferentes deles, monolingues, e eles são a norma. O que resulta em pensar que meninos multilíngues fazem ou não fazem certas coisas porque são multilíngues. Eu gosto sempre de questionar perguntas, para ver se elas têm razão de ser, e uma questão é certa: a convicção de que o multilingualismo causa, ou afeta, ou piora, ou melhora, ou tem alguma coisa a ver com o desenvolvimento da linguagem e o desenvolvimento geral infantil é apenas isso, uma convicção. Não existe fundamento científico para afirmar que uma quantidade, número de línguas, tenha influência numa qualidade, aquisição da linguagem."


Quando leio que pessoas que estudam o tema multi-bilinguismo escrevem coisas que nós, sem saber, fazemos na prática, eu fico tão feliz! Porque Petrus e eu adotamos algumas coisas com as crianças. Elas escutam qualquer coisa em 3 idiomas distintos, mas nós seguimos falando em português, com outros ou não presentes. Se os outros vêem estranho, quando estão conosco, o fato de seguirmos falando em português, isso não me importa, as crianças seguirão sendo atendidas em português. As vezes isso parece meio óbvio, tipo: todos são do Brasil, todos falam português. Mas eu tenho visto/lido muitas famílias brasucas q moram no exterior e seus filhos compreendem português, mas não falam. Pode ser que seja um cuspe na testa isso q escrevi relacionado à Olívia, que nasceu em um ambiente porteño, espero que não.

Deixa eu contar que o Lourenço anda falando português com sotaque de gringo (por causa dos filmes q vê em inglês) e com cantadinha de porteño. É uma mistureba no pobre guri!
É isso!
Beijos, fui!

Comentários

Alice Vianna disse…
Oi, Caroline! Parabéns pelo blog e pelo post!
Quero te convidar para conhecer o site www.ensinobilingue.com.br Lá tem uma matéria muito interessante, que aborda como as atividades lúdicas reforçam as habilidades intelectuais e físicas das crianças.
Vale a pena ler, tenho certeza de que vai adorar!
Tudo de bom pra você e um feliz 2012!
Caroline disse…
Oi Alice,
Obrigada pela sua mensagem, já estou olhando e mexendo no site´, e tem muita coisa bacana.
Obrigada por visitar-nos, Caroline